sábado, 16 de fevereiro de 2013

Ciclovia Jacarepaguá x Barra e a Transcarioca

Com a obra do corredor Transcarioca de ônibus , muitos transtornos têm sido trazidos para a Barra e Jacarepaguá, vou falar aqui em especial da ciclovia que liga as duas regiões. 

Ciclovias do Rio - Amarelo: BRTs;vermelho: ciclovias antigas;
azul: ciclovias novas; verde: ciclovia Jacarepaguá-Barra
Fonte: http://www.ta.org.br/ciclorio/
Inaugurada em 2002, a ciclovia é usada, principalmente, como meio de locomoção, ficando para o lazer as ciclovias da praia e do Bosque da Freguesia, e acho um meio muito conveniente usá-la para o transporte, se lembrarmos dos engarrafamentos e ônibus lotados que demonstram a saturação da região. Infelizmente, com a obra da Transcarioca, a ciclovia começou a ser maltratada, alguns trechos foram desviados com gambiarras feitas de piso diferente (em alguns pontos, chega a ser até asfalto, em outros, simplesmente alguns cones e muito barro). Já fizeram obras no ponto de ônibus na passarela da Gardênia e a ciclovia havia sido desviada para a rua em frente à Escola SESC, mas refizeram a ciclovia no mesmo lugar. O piso, entretanto, deixou a desejar com relação ao que era antes, o que antes era um piso contínuo, passou a ser um emaranhado de tijolinhos.
Retirado de O Globo
Detalhe do piso da ciclovia
Se notarem pela imagem, a sinalização ficou péssima, simplesmente tem um pedaço cinza e outro vermelho e os pedestres ficam na parte vermelha , que deveria ter passagem menos congestionada para os ciclistas. Não culpo exatamente os passageiros que ficam esperando ônibus neste ponto, muitos nem devem reparar que a diferença entre o vermelho e o cinza é a ciclovia, mas, alguns até que poderiam parar e pensar um dia. E, claro, a sinalização podia ser mais clara, antes havia uma faixa  nas margens da ciclovia e outra no meio, dividindo a ciclovia, e alguns símbolos de uma bicicleta, deixando-a bem visível. E o piso era diferente daquele da calçada, deixando ainda mais evidente. Mais pra frente, a ciclovia, apesar de seus remendos, ainda continua seguindo o padrão antigo (piso liso, sinalização), mas há outros problemas.

Descontinuidade e perigo próximo à Vila do Pan
Em frente à Vila do Pan, a ciclovia sofre uma quebra abrupta. Até daria pra relevar a passagem da estrada - necessária - onde era a ciclovia, não fosse a presença de uma agulha alta e estreita no meio do caminho. Se reparar na imagem acima, para atravessar, você deve ir até a agulha, levantar a bicicleta, esperar, praticamente às cegas (os carros vêm de uma curva e você só vê quando está perto demais), uma oportunidade de atravessar. Na esquina seguinte, a esquina da Avenida Ayrton Senna com Abelardo Bueno, a ciclovia morre de vez. Fizeram um alargamento no acesso à Abelardo Bueno que simplesmente passou pro cima do canteiro onde passava a ciclovia. As opções são atravessar a rua direto pro meio da estrada ou passar no meio da obra, se for usar a primeira opção, espere o sinal lá na frente fechar que você não vai precisar se preocupar com dois fluxos de trânsito, mas apenas com o fluxo que acessa a Abelardo Bueno.

Onde tem o asfalto e as máquinas era uma ciclovia
Não pude prosseguir com meu relatório. Mas, da outra vez que passei por aí,  ainda sem essa obra mostrada acima, havia remendos no trecho próximo ao Via Parque e muita sujeira nos trechos ao longo da Barra, terminando em barro lá no Carrefour. Pode ser que esteja pior, porque andaram furando por lá para resolver problemas de gás encanado.

Torço para que revitalizem a ciclovia após esse período de caos devido às obras dos BRTs. Vi uma documentação sobre o projeto do então corredor T5, atualmente chamado de Transcarioca, há algum tempo sobre a presença de ciclovias margeando as pistas do BRT e resgatei para mostrar a sugestão de ciclovias e bicicletários ao longo de todo o corredor.





E lembro bem de passar por um tapume da obra do largo do Campinho e estar com uma bicicleta e escrito algo do tipo "integração multimodal". Nesse caso, além de melhorar a mobilidade rodoviária, melhoraria bastante a mobilidade cicloviária, se, de fato, todo o Transcarioca receber ciclovias em seu contorno. E é algo que faz falta na Transoeste, por exemplo, onde pessoas trafegam de bicicleta na pista do ônibus em si, como pode ser visto nos noticiários, pois não há uma pista para bicicletas.

Esperamos providências para a melhora temporária do uso desta ciclovia e torcemos pela compensação, a longo prazo, dos transtornos causados por essa obra. Que os governantes não esqueçam, simplesmente, da ciclovia Jacarepaguá-Barra.

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