segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Vandalismo Social em Ação

1 - Pintura de ciclofaixa em Fortaleza:

A ação foi bem complexa, com direito a demarcação do limite. Minha proposta não chegava a tanto, mas apenas a pintura do símbolo da bicicleta em algumas vias com grande movimento de ciclistas que, em geral, não são muito respeitados pelos motoristas. Talvez a presença de um símbolo de ciclista na pista não mudasse totalmente o comportamento, mas já alertaria os motoristas sobre a possibilidade de realmente ter de mudar de faixa para ultrapassar o ciclista.


A intervenção mostrada na figura é mais simples e direta, não é muito efetiva, servindo somente para conscientizar os motoristas e tornar os ciclistas "mais abusados" no seu direito de usar a rua.

2 - Colagem de informações de transporte nos pontos de ônibus
Quem usa transporte público está acostumado a ver cartazes de propaganda (tanto oficiais quanto clandestinos) nos pontos de ônibus e pouca ou nenhuma informação sobre o transporte em si.  Uma intervenção saudável é a colagem de papéis informativos sobre as linhas de ônibus que passam no local.







3 - Radares de Sinal




Sinalização à mais não é um problema. O problema é quando o pardal está lá e não há nenhum aviso. Com radares "fake", alguns desavisados podem acabar deixando de furar um sinal, afinal, se o sinal está lá, é para ser obedecido. Não vejo um risco que avisos falsos de radares poderiam trazer, pois, supostamente, os tempos de sinais são corretamente adequados pelo órgão de administração do trânsito. Como mostra a figura, uma pintura dessas é bem complexa de ser feita, mas com spray, creio que seja rápido. É a dose de agilidade necessária ao vândalo.

4 - Avisos em ciclovias

Ciclovias não costumam ter o mesmo trabalho de sinalização que as ruas. Avisos como "pista escurregadia" e indicação de desvios poderiam ser "pichados".

Quando vierem mais ideias, posto aqui. Passem adiante e pratiquem. Se o poder público não nos ouve ou não está acessível, é nosso dever modificar o que pudermos para uma melhor qualidade de vida.

Link curto: goo.gl/UPbGR5

sábado, 3 de agosto de 2013

Comentários da semana (1/8/2013)

1 - Vice não devia entrar no lugar de deposto
Em Paulo de Frontin (interior do Rio), o prefeito e a vice foram cassados por compra de votos e a cidade segue sem prefeito. (Fonte: Jornal do Rio, da Band). É de se esperar que, quando um prefeito (ou qualquer outro cargo) é  cassado, seu vice seja mais ou menos da mesma laia. Neste caso de Paulo de Frontin, por exemplo, houve a compra de votos e, como o vice forma a coligação com o titular (de forma que o vice não é diretamente eleito), ambos compraram votos juntos. Este resultado deveria acontecer com o resto dos casos, mas é frequente que o titular saia, às por renúncia para evitar a cassação, e o vice assuma. O problema é que o sistema permite essas maracutaias. E, em resposta aos protestos durante a copa das confederações, o Senado tentou mudar as regras para o suplente, mas não conseguiu, devido a, justamente, ter 20% de suplentes por lá. O projeto original previa que, quando um senador renunciasse, o suplente assumiria o cargo até as próximas eleições, o que parece justo. Mas, mais que isso, os suplentes conseguiram o direito de obter o cargo até o fim do mandato (que, para senadores, é de 8 anos). O projeto, para não dizer que não falei de flores, ao menos proíbe a relação de parentesco entre futuros senadores e suplentes e acaba com o segundo suplente (vice do vice).

Para concluir a obscura relação entre o titular e o vice, corre a informação de que o governador Sérgio Cabral renunciará para fugir do ataque dos protestos e, de quebra, poder mostrar quem é seu vice, Pezão, na tentativa de que ele obtenha uma melhor performance. Cheguei a ver no facebook um boato  - que talvez seja essa informação distorcida - de que ambos renunciariam e o presidente da Câmara assumiria (também, do mesmo partido), para fugirem de investigações. Diminuindo o alarde do boato, me parece mesmo ser uma estratégia política, para fugir do fogo dos protestos, mas talvez já estivesse programada antes mesmo dos protestos.

Seria bom que a população continuasse em cima e cobrar:
-A cassação de titular e vice quando houver algum processo sobre o titular (e convocação do segundo lugar nas eleições)
- O fim da herança de cargo de Senador pelos suplentes, assumindo só até as próximas eleições

Um suplente que obtém os 8 anos de mandato (sem ter sido diretamente eleito!) pode obter uma série de regalias e até aposentadoria (não encontrei a informação exata de quantos anos são necessários para um senador se aposentar, mas garanto que é muito menos tempo que você, trabalhador)

2 - PT, a mídia e os 20 centavos
O Globo, 31/7/2013
Mais uma vez o PT partido refletindo a paranoia de seus simpatizantes e, infelizmente, de muita gente de esquerda oposicionista, de que a mídia é o bode expiatório responsáveis por todas os problemas que eles provocam e acabam descobertos. A falácia desse discurso é que a mídia, por ser "tucana", está errada por descobrir e denunciar as falcatruas do governo. Se o governo fosse responsável e correto, desde o início, não passariam de calúnias, correto? É isso que o governo quer que a gente pense e que os petistas rezam como um mantra, para ver se acreditam mesmo nessa falácia. E, se a falcatrua for realmente confirmada, apelam para o "Eu não sabia" tanto proferido pelo Lula. Além disso, há também a vertente do PT que quer fazer acreditar que os protestos são fruto de uma condição que o próprio PT fez brotar nas pessoas, de forma que, se há do que reclamar, é porque as pessoas possuem mais conhecimento, mais acesso aos serviços em si, mais liberdade de expressão e maior diálogo com o governo, como lembrou o Gabeira.

Interpretando o texto transcrito pela reportagem, o PT acusa a mídia de mudar o foco do protesto de "contra o aumento das passagens" para "fora Dilma", enquanto os próprios manifestantes criticam a imprensa e insistem em dizer que "não é pelos 20 centavos". Minha interpretação é que o PT acha que seu governo é excelente, que intrigas são feitas pela imprensa e que os manifestantes são massa de manipulação da imprensa. E insiste na tentação do autoritarismo, de "regular" a imprensa e manter a crença muito enraizada na esquerda, petista ou oposicionista, que é melhor uma imprensa calada sem escândalos de corrupção do que "perseguições políticas" que atrapalham o processo do "socialismo".

A melhor arma para esses conflitos é a liberdade de imprensa, sim, aliado ao senso crítico, pois é claro que há interesses na exibição de qualquer imagem e reportagem. O que não dá para negar é que a imprensa "perseguir" o governo é saudável para a fiscalização de desvios. O que seria do Mensalão se não fosse a Veja. Se você quer ter uma opinião consistente, leia os dois lados da moeda. Tenha uma carta capital e um globo para criar o senso crítico. A mídia alternativa (como o canal NINJA) surge como uma boa saída para a TV aberta (ou mesmo, os canais pagos), mas, com o mundo globalizado, é possível até obter informações de fontes estrangeiras (temos os próprios jornais Metro, sueco, e Destak, português). A desvantagem dessas mídias alternativas que vão surgindo é que, hoje, elas podem estar mostrando a vez do povo, mas amanhã, os mesmos membros podem estar apoiando algum grupo político ou  defendendo o governo. Não podemos saber das motivações pessoais de cada um, por mais que neguem a participação em qualquer grupo político e jurem a imparcialidade. Por isto, é importante manter-se cético, tanto ao Globo, quanto ao NINJA, mas, principalmente, a correntes de facebook, que tem valor jornalístico quase nulo, graças à quase impunidade de se passar calúnias no anonimato da internet.

Como também citou o Gabeira no seu programa Capital Natural, muito do conhecimento de como somos roubados, gerando a insatisfação e as manifestações, veio de denúncias da "grande mídia". Além disso, ninguém é obrigado a só ver Globo (pode, por exemplo, ver a NBR e ficar sempre satisfeito com o governo, ou ouvir a Voz do Brasil) e a Band, onde o próprio Gabeira trabalha, tem se mostrado uma opção, através de programas que incentivam a conscientização, como o CQC e "A Liga" e confesso que, algumas vezes, são expostos alguns detalhes de notícias, no Jornal do Rio que, pouco depois, no RJTV, é exibido mais resumido. O que não é possível é ignorar toda e qualquer fonte de informação. A pessoa não se torna refém de boataria ou de informações fornecidas pelo governo. Lembre-se, o PT apóia sua crítica à imprensa.

3 - Cedae e a mania de se resolver o problema depois que ele já aconteceu

Independente de quem é o culpado, o estrago já está feito. Não foi tomada nenhuma atitude preventiva, não foi feita fiscalização e, agora, a culpa é, claro da empresa. A Guaracamp tem sua parcela de culpa sim, mas pode ter sido apenas vítima do sistema. Informações desencontradas e burocracia dificultam o trabalho de quem quer fazer tudo certinho e, aliado à falta de fiscalização, o melhor é fazer tudo ao "deus dará" e, na maioria dos casos, acaba dando certo. Mas, vez ou outra, dá encrenca. Foi assim com a queda do Edifício Liberdade e a explosão na Praça Tiradentes, mas, com o Engenhão, foi diferente. Será? Somente foi do interesse do governo procurar alguma irregularidade no Engenhão quando ele estava interessado em assinar contratos para o recém-refeito Maracanã. Até então, também o Engenhão estaria em risco, sem qualquer estudo sobre isso. Optou-se pela interdição total do estádio, para preservar a população, mas o Elevado do Joá continua aberto, apesar de recomendação similar. Neste caso, é bom considerar que é de bom senso para a mobilidade da cidade manter o elevado aberto, mas obras de uma alternativa poderiam ser feitas com urgência.

A solução de problemas nesse estilo lembra bastante o Captain Hindsight, do South Park. Ele é um "super herói" cujo poder é falar o que havia de errado e ir embora. Veja a seguinte cena (está sem legendas, mas eu transcrevi o texto logo abaixo):


- Espera aí. Olhem, no céu!
- É ele! Meu Deus, é realmente ele! Ele veio para nos ajudar. Capitão Retrospectiva.
- Quem é Capitão Retrospectiva?
"Capitão Retrospectiva, o herói da Idade Moderna. Anteriormente, Jack Brolin, um jornalista para a National News, o herói nasceu após um estranho acidente que lhe deu incríveis poderes...de retrospectividade. De gotas tóxicas para as guerras, não tem trabalho ele não possa fazer: o Capitão Retrospectiva."
- Capitão Retrospectiva, que bom que veio.
- Qual é o problema?
- Há pessoas presas naquele prédio em chamas, Capitão Retrospectiva. O fogo está tão grande que não
conseguimos entrar nele.
- Está vendo aquelas janelas à direita? Eles deveriam ter construído saída de emergência para os andares mais altos e as pessoas poderiam sair do prédio. E no telhado, poderiam ter construído mais forte para que um helicóptero pudesse pousar.
- Sim, é claro !
- E está vendo aquele prédio à esquerda?
- Sim!
- Não deveriam ter construído ali. Agora não dá para estacionar os caminhões onde precisa. Bem, parece que meu trabalho está terminado. Adeus, pessoal.
- Obrigado, Capitão Retrospectiva!

4 - O que vale mais: o Afro Reggae ou a UPP?

É, parece que temos uma medida mais eficiente que a UPP. Assusta mais o traficante, o bandido opressor que as UPPs do governo. Por hoje é só, até semana que vem.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pobre Ago de Jacarepaguá

Pobre Ago de Jacarepaguá. Foi ataca por vândalos, que atrapalharam a vida deles. Mas esse vandalismo eles não se incomodam:



O caminhão pode até não ter nada a ver com a concessionária, mas o Land Rover deve ter seu pezinho lá. Ambos parados na calçada E ciclovia. Me senti vandalizado.

Quebra-molas infinitos



Esta obra, localizada em frente ao prédio de Letras da UFRJ, na Cidade Universitária (Avenida Horácio Macedo), vem se arrastando por mais de um ano, com várias seqüências de construção e destrução do quebra-mola. O problema começou após a imposição da Prefeitura do Rio (o link é de Maio de 2012, ou seja, as obras começaram um pouco depois disso) para que a Ponte do Saber (ponte construída para aliviar o trânsito para acessar a Linha Vermelha sentido centro, sem ter que passar pelo sentido Ilha, financiada pela Petrobras para compensar o aumento da população com o Cenpes 2) para fosse aberta em todos os horários, e não apenas no horário de saída do campus, como estava sendo adotado pela prefeitura do Campus.

E, como era de se esperar, a medida impositiva passou por cima da segurança e conforto do usuário do campus e logo começaram a se formar engarrafamentos pela manhã e avanços de sinal ao longo do dia, com motoristas usando as vias da Cidade Universitária como se fossem a própria linha vermelha. Só então, começaram a construir pardais de velocidade e esses famigerados quebra-molas.

Foram feitos queba-molas por todo o campus. Além da Faculdade de Letras, a Reitoria e o Horto Universitário receberam seus quebra-molas, esse último, sem muito transtorno. O da Reitoria, que não fica na rota da Ponte do Saber, foi feito exatamente no ponto de ônibus e acabou criando uma confusão para o passageiro e, tal qual o de Letras, após ser construído, destruído, reconstruído e deixado ao acaso, para tornar a ser "restaurado", lamentavelmente (quando achávamos que íamos nos livrar dessa novela), numa brincadeira que já está levando mais de um ano.

A construção desses quebra-molas atrapalha o trânsito, a travessia dos pedestres e, naturalmente, está consumindo dinheiro público valioso. É absolutamente revoltante que uma obra tão banal quanto um quebra-mola leve tanto tempo para ser construído e traga tantos problemas. Além disso, o trânsito de "fuga" da Linha Vermelha trouxe avanços de sinal que poderiam ser resolvidos com pardais para avanço de sinal, em vez desses quebra-molas de ultra-engenharia. Fora os problemas com os avanços de sinal, a população "estrangeira" traz mais barulho para dentro do campus,

Não entendo, portanto, o porquê desses quebra-molas faraônicos que, quando funcionavam (e sabe-se lá porque foram desfeitos), atrapalhavam a travessia do pedestre (que podia atravessar tranqüilamente na faixa quando o sinal era ativado pelo botão de travessia e agora tem que esperar vários minutos para caminhar entre prédios vizinhos do campus) e continuam sendo feitos e refeitos, dessa vez, mudando traçado da ciclovia e criando um degrau no meio da mesma, acabando com a acessibilidade de cadeirantes e do carrinho da Furnas, torcemos para que refaçam a borda da ciclovia, mas é mais um gasto pra contabilidade do nosso bolso. Lamentável.

Jornada Mundial da Juventude e o deboche de Paes

fonte da frase: O Globo
Não!! Você entendeu tudo errado! Não é pelos 20 centavos, tampouco era para atrapalhar as pessoas que estavam indo aos estádios curtir um jogo de futebol. E é claro que ele sabe disso, mas dá uma declaração dessas apenas para debochar dos protestos. Cidadão, não ache que o evento da Jornada Mundial da Juventude deva ser "respeitado" por ser um evento "santo", que de santo, não tem nada. Muitos dos custos da visita serão pagos por nós, otários, escravos do governo. Além disso, assim como não tínhamos nada contra o futebol em si, não temos nada contra os religiosos em si (desde que respeitem a diversidade, mas isso é papo pra outra história), mas queremos aproveitar a visibilidade trazida por todos esses eventos para mostrar que NÃO AGUENTAMOS MAIS e que VOCÊS, queridos representantes, NÃO ESTÃO TRABALHANDO DIREITO. Não deboche do poder do povo, sr. Eduardo Paes, porque hoje é a casa do Cabral, amanhã é a sua. Não chame o povo de vândalo, porque, se quiséssemos, já teríamos destruído o Copacabana Palace inteiro, depois do cinzeiro arremessado. Somos, sim, muito pacíficos, de sofrer deboche e violência e a cidade ainda estar inteira. Então, vamos protestar SIM, durante a Jornada Mundial da Juventude. E se virem para nos parar sem atingir quem está no evento. Eu lhes desafio.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A mamata do líder de partido

A mamata do líder de partido (Coluna Extra, Extra, Jornal Extra, 14/07/2013)
Mesmo sem ter quem chefiar, os moços têm direito a cargos e mordomias destinadas às lideranças das bancadas.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Festa em casa de devedor (O Globo, 20/06/2013)

trânsito Barra Music devedor


Fotos de Fabio Rossi


Reportagem do jornal O Globo de 20 de Junho de 2013 sobre o impacto do Barra Music no trânsito e sua má relação com os impostos. Culpar a casa de shows pelo trânsito, acredito ser um bode expiatório para o trânsito chato da Avenida Ayrton Senna, apesar de que há quem diga, segundo a própria reportagem, que a influência no trânsito se dê na madrugada, quando, supostamente, o trânsito deveria estar melhor. Se realmente cria um impacto no trânsito, é de se lamentar a falta de estudos de impacto e preparo e, mais ainda, a atitude da prefeitura de tomar uma atitude e impedir o funcionamento só após ter dado uma boca livre para funcionários, mesmo com a sonegação de impostos.

Sobre a mudança no ponto de ônibus, quero lembrar que o ponto de ônibus atual JÁ POSSUI recuo e, se os motoristas não entram lá, é de se supôr que a mudança de cultura e um pouco de educação ajudaria a amenizar o problema do "tumulto" provocado pelo ponto. Das medidas possíveis da última figura, a única que eu concordo é da nova agulha, já a mudança do ponto de ônibus só traria mais prejuízo pro passageiro, que terá que andar ainda mais, já que o ponto do outro lado da passarela já mudou de lugar com a mesma finalidade de melhorar o trânsito, fazendo o passageiro andar bastante. Além disso, provavelmente estragaria a ciclovia toda, que está ali faz bastante tempo, quando o Barra Music poderia ceder um pouco de seu gigantesco terreno para a calçada, ou talvez fazer uma entrada traseira, uma pena que o estabelecimento seja de costas para uma favela, e ninguém ia querer estacionar seu carrinho importado passando pela favela.

E, por fim, lamentável a terceira figura, que mostra a mulher pegando assinatura para um partido novo, sob o comando da grande figura dessa região: Brazão. E ainda perguntam por que vamos para a rua?

Reportagem:

Festa em casa de devedor
Prefeitura alega caos no trânsito e suspende alvará do Barra Music, que deve R$ 350 mil de ISS
Fabíola Gerbase
fabiola.gerbase@oglobo.com.br
Engarrafamento e dívidas. Prefeitura fez festa no Barra Music, casa de shows que provoca os maiores
engarrafamentos na Avenida Ayrton Senna e que só pagou R$ 15 de uma dívida de R$ 346 mil de ISS desde sua inauguração

Fabíola Gerbase
A esfinge da Barra
Se na lista de metas da Secretaria municipal de Fazenda para o ano de 2012 constasse garantir o
recolhimento de 100% do ISS devido pelas empresas no Rio, o endereço da festa realizada pela prefeitura no último dia 4 para comemorar o cumprimento dos objetivos fixados para 2012 - com direito a show do cantor Naldo para sete mil servidores - teria sido outro. O Barra Music, a casa escolhida para receber os funcionários públicos municipais numa boca livre, tem uma dívida de R$ 346 mil de ISS, o Imposto Sobre Serviços. E não emite nota fiscal na bilheteria. Desde que começou a funcionar na Avenida Ayrton Senna 5.850, em novembro de 2011, até maio deste ano, o estabelecimento gastou apenas R$ 15 com o tributo municipal, enquanto, no mesmo período, foram emitidas notas de prestação de serviço no valor total de pouco menos de R$ 7 milhões. Depois de procurada para comentar a questão da dívida, a prefeitura, por meio da Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop), comunicou ontem à noite que o alvará de funcionamento do Barra Music estará suspenso a partir de hoje. Mas a razão informada não é a dívida. São os recorrentes transtornos no trânsito. Mas a razão informada não é a dívida. São os recorrentes transtornos no trânsito provocados por eventos no estabelecimento, incluindo a festa da própria prefeitura. Segundo a Seop, a casa só será reaberta depois que os problemas viários forem equacionados. Segundo moradores da região e funcionários do Barra Music, neste mês, as duas noites em que se viram as maiores complicações no trânsito na Avenida Ayrton Senna, com reflexos em vias como a Avenida das Américas, foram a da comemoração da prefeitura e a do show da funkeira Anitta, que parou a região. O Barra Music fica no caminho de quem vai para a Linha Amarela e, mais diretamente, de quem segue para bairros como Anil e Taquara sem pegar a via expressa. A casa diz não ter recebido qualquer notificação da Seop até a noite de ontem e que, na última semana, foi notificada pela CET-Rio, solicitando adequações viárias. Diretor da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca, o administrador Arlindo Almeida lembra bem da noite do show para o funcionalismo municipal. Ele levou quase três horas para chegar em casa após o trabalho:
- Foi terrível. Ficou tudo parado. Normalmente, levo menos de duas horas no trajeto.
Síndica de um prédio no condomínio Novo Leblon, Vera Curi diz que os funcionários que moram na Taquara e outros bairros vizinhos à Barra têm sofrido na volta para casa por conta do trânsito provocado pelos eventos no Barra Music:
- Essa casa deve ter sido colocada ali sem estudo do impacto sobre o trânsito. Ficamos indignados com o show da prefeitura.
Com capacidade para receber 6.500 pessoas e estacionamento para 1.400 veículos, com valores de ingresso e de cobrança para deixar o carro que variam de acordo com a atração da noite, o Barra Music emitiu uma média de 36 notas por mês até hoje. Numa visita do GLOBO à casa, na última quinta-feira, noite de show do cantor Belo, o pedido da nota fiscal foi negado: "Não trabalhamos com nota fiscal na bilheteria". Já no estacionamento, que custou R$ 20, foi entregue um recibo provisório de serviços, que pode ser convertido em nota fiscal no site do Nota Carioca. No bar, a solicitação pela nota fiscal foi atendida.
Sobre o pagamento do ISS, o Barra Music informou que a dívida já teria sido negociada com a prefeitura e que a primeira parcela será paga hoje. O secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Teixeira, no entanto, disse desconhecer a dívida e afirmou estar checando a informação na Secretaria municipal de Fazenda. Segundo ele, confirmado o débito, a prefeitura não pagará os R$ 50 mil cobrados pelo uso do espaço para a festa dos servidores, que custou R$ 400 mil (dos quais R$ 100 mil pagos pelo Banco Santander, responsável pelas contas de salário dos servidores). No último dia 6, na apresentação de Anitta, a avenida virou o caos. Quem queria chegar à casa desceu de carros, ônibus e vans e foi a pé até a entrada. Cerca de três mil pessoas ficaram do lado de fora e houve tumulto. Sobre o pagamento do ISS, o Barra Music informou que a dívida já teria sido negociada com a prefeitura e que a primeira parcela será paga hoje. O secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Teixeira, no entanto, disse desconhecer a dívida e afirmou estar checando a informação na Secretaria municipal de Fazenda. Segundo ele, confirmado o débito, a prefeitura não pagará os R$ 50 mil cobrados pelo uso do espaço para a festa dos servidores, que custou R$ 400 mil (dos quais R$ 100 mil pagos pelo Banco Santander, responsável pelas contas de salário dos servidores).
No último dia 6, na apresentação de Anitta, a avenida virou o caos. Quem queria chegar à casa desceu de carros, ônibus e vans e foi a pé até a entrada. Cerca de três mil pessoas ficaram do lado de fora e houve
tumulto. No dia seguinte, circulou na imprensa e nas redes sociais que 11 mil pessoas assistiram ao show de Anitta, mas o Barra Music garante que a lotação de 6.500 presentes foi respeitada. A estudante Nina
Marques, de 24 anos, foi uma das que perderam o espetáculo:
- Paramos às 22h30m na Ayrton Senna, na altura do Makro, e só passamos pelo Barra Music à 1h20m. Teve tumulto na bilheteria.
O secretário Pedro Paulo reconhece que marcar a festa da prefeitura para 19h foi um erro. O Barra Music diz que seu horário padrão de abertura, às 22h30, foi determinado para evitar qualquer tipo de retenção nas redondezas, pois não coincide com os horários de pico no trânsito, mas os moradores da região reclamam de constantes congestionamentos, mesmo de madrugada, quando em tese o trânsito estaria tranquilo.

Mas não é só de calote e engarrafamentos que vive o Barra Music. Sua ligação com alguns políticos é
evidente. Tanto que na noite do show do cantor e ex-presidiário Belo, um outro movimento chamava a
atenção na porta da casa: pelo menos seis meninas vestidas com a camiseta do Partido Liberal Brasileiro
(PLB) circulavam entre os frequentadores pedindo assinaturas para viabilizar a criação do novo partido. Tudo, segundo elas, em nome da família de políticos Brazão, como o deputado estadual Domingos Brazão (procurado, o deputado não retornou os pedidos de entrevista do jornal). Ainda segundo elas, a iniciativa tinha apoio do vereador Marcelo Arar, que fez carreira política no Rio depois de se consagrar como promoter da noite carioca e distribui convites de cortesia do Barra Music.
- Se eu conseguir mais 50 assinaturas, posso entrar no show - disse uma das meninas, implorando por
assinaturas até de PMs.

sábado, 22 de junho de 2013

Vandalismo Burro

Vocês fazem isso de forma burra
O vandalismo praticado nas manifestações (não estou falando sobre os roubos, que são outra categoria) são feitos de forma burra. A invasão de prédios públicos é válida (um bom argumento aqui), mas arrebentar coisas ao acaso, destruir sinalizações que já são insuficientes, pichar construções históricas, quebrar latas de lixo, tudo isso é lamentável. E poderia ser feito de forma mais inteligente.

É possível aliviar a ânsia por destruição sendo mais justo, foi o que chamei em um outro post de Vandalismo Social. Se tem um carro parado em área proibida, arrebenta ele. Um sinal de trânsito que não funciona? Picha o chão indicando o mau funcionamento. Falta uma faixa de pedestres? Pinta-se uma com tinta branca.

A idéia do vandalismo social é dar uma "lição" ao que está errado e não destruir o que se tem de bom. E não necessariamente é um vandalismo destrutivo, pode ser construtivo, à medida em que expõe uma necessidade.

terça-feira, 21 de maio de 2013

BRT Transoeste - Vergalhão


Próximo ao acesso à estação Rio Mar do BRT Transoeste, tem um vergalhão, representando um perigo para quem atravessa por ali. É uma pena como as coisas simplesmente não são bem acabadas...

sábado, 11 de maio de 2013

Empresa que condenou o Engenhão participou da obra do Maracanã



Será coincidência? A empresa alemã schlaich bergermann und partner foi a responsável pelo estudo, encomendado por construtoras do próprio Engenhão (mas que também são as potenciais vencedoras do consórcio Maracanã, além de pegarem a obra após a saída da Delta), para avaliar a estrutura do estádio olímpico João Havelange, o popular Engenhão. Note que outros laudos foram feitos e não apontaram problemas, segundo o próprio prefeito.



A mesma SBP é responsável por obras no próprio Maracanã, o que é, no mínimo, suspeito. Além disso, pouco antes da interdição, Flamengo e Fluminense estavam negociando contrato com o Botafogo para o uso do Engenhão por mais 2 anos. Some o fato de que o engenheiro responsável mantém sua confiança na segurança do estádio com outro estudo contestando o método utilizado pela empresa alemã e podemos ficar bastante desconfiados. Esse novo estudo recomenda o fechamento do estádio em ventos superiores a 100 km/h, mas a empresa alemã avalia que ventos maiores que 65 km/h já seriam perigosos. Bem, já foram registrados ventos maiores que 65 km/h e o estádio continuou em pé. Aliás, procurei por registros de vento e não consegui achar, eu sei que tem uma página da Nasa que guarda esse tipo de dados. De forma geral, os ventos fortes do Rio são da faixa de 90 km/h.


Ainda por cima, Eduardo Paes teve a ousadia (ele é bastante ousado mesmo) de dizer que a obra do Engenhão foi feita "nas coxas", então devemos lembrar do BRT Transoeste, cujo asfalto já cedeu e túnel já foi interditado, além do sistema já estar condenado à superlotação. Lembrando que as eleições de 2012 foram em 07/10 e o corredor foi inaugurado em 06/06 do mesmo ano. César Maia que avisou...

domingo, 5 de maio de 2013

Avenida Salvador Allende, próximo à Estrada dos Bandeirantes

Passei ontem, dia 04/05/2013, na Avenida Salvador Allende, a pé, de noite e encontrei uma situação totalmente abominável. Havia muita lama, não havia calçada em ambos os lados, nenhuma sinalização, carros passando em alta velocidade, iluminação inexistente, em resumo, perigosíssimo. Se alguém precisar andar a pé ali, corre sério risco de morrer atropelado, seja andando na beira da pista, seja atravessando a rua. 

Pensei que a situação seria resultado das obras da Transcarioca, mas, pelo visto, o problema vem de longe. Notei que o Google Maps coloca uma vista de rua de 2011 e a situação era a mesma, pelo menos com relação à ausência de calçada e sinalização:

Detalhe para a data: Agosto de 2011
E, mesmo que fosse resultado da Transcarioca, não devemos "engolir" uma situação dessas, claro que a obra provocaria transtornos (como provoca em outros pontos da cidade), mas não deve pôr em risco a vida de pessoas, quer sejam pedestres, ciclistas ou motoristas.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

748 - Motorista de Ônibus fumando


Linha: 748 Barra da Tijuca x Cascadura (sentido Barra)
Empresa: Transportes Barra
Numero de ordem: C13006
Data e hora: 02/5/2013, por volta de 9:20

terça-feira, 23 de abril de 2013

897A não funciona no feriado (23/04/2013)

Nenhum aviso na Alvorada, fui salvo por um motorista cujo carro estava com vista de garagem que fez um gesto de que não ia ter... Perguntei ao despachante que, enrolado, avisou que realmente não ia ter 897A, linha alimentadora do BRT da Alvorada para a Avenida Ayrton Senna, não estava funcionando hoje. Segundo o despachante, só estava funcionando a 899A Joatinga parador e fica, então, a dica, porque eu não sabia nem que havia versão expressa dessa última.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Ciclovias ao longo da Transcarioca

Acabo de ler o documento RAS da Transcarioca (etapa 1), de 2010, e, na seção 4.2, há algumas informações sobre as futuras ciclovias, instaladas com a reforma das calçadas. O documento pode ser encontrado aqui: http://www.inea.rj.gov.br/fma/download_rima.asp , pesquise por "RAS DA TRANSCARIOCA ETAPA 1".

No corredor Transoeste, não foram construídas ciclovias ao longo do eixo Alvorada - Pontal, mas, parece que foram construídos uns trechos descontínuos na parte que vai de Ilha de Guaratiba à estação Mato Alto. Esperamos que a Transcarioca conte com uma malha mais coesa já que, infelizmente, ainda há muita falta de educação de motoristas com ciclistas e de ciclistas com pedestres, respectivamente, no asfalto e nas calçadas, restando a criação de ciclovias para haver uma melhor convivência (e, como pode ser visto em áreas com ciclovia, acabo por ser um incentivo à prática de esportes ao ar livre, valorizando a qualidade de vida).

Comecemos pela atual ciclovia Jacarepaguá-Barra, que passa exatamente no meio do corredor Transcarioca, restando a expectativa para onde será transferida.


uma vez que o projeto básico original do Corredor apresenta largura compatível com possíveis acréscimos de faixas para ciclovia. [Seção 4.2.1.1] 
Não deixa claro, portanto, a transferência da ciclovia para uma das calçadas da Avenida Ayrton Senna, ou se será paralela ao BRT, esta última seria uma alternativa ruim para os ciclistas, já que ficaria arriscado a acidentes entre os carros à direita e os BRTs à esquerda. Já transferindo para as calçadas, ficaria sujeito à perda de velocidade com tráfego de pedestres (ciclovia compartilhada), acessos a ruas transversais por veículos e pontos de ônibus convencionais.

O trecho da Avenida Embaixador Abelardo Bueno que, atualmente não possui ciclovia, pode ser que ganhe uma, mas, aparentemente, nas mesmas condições que a Ayrton Senna, assim como a Estrada dos Bandeirantes.

Na Estrada dos Bandeirantes, (...) as calçadas teriam em torno de 5 m e estariam previstas ciclovias de aproximadamente 2,5 m. [Seção 4.2.1.2]
 Essa situação é melhor que a ciclovia compartilhada, mas precisa contar com a colaboração do pedestre, em se manter fora da ciclovia e da sinalização, para deixar claro a área do pedestre e a área do ciclista, como não aconteceu no trecho restaurado da Ciclovia Jacarepaguá-Barra (relatado aqui e aqui). E, claro, certificar-se de que não haverá carros estacionados na calçada (e, por conseqüência, na ciclovia) como acontece na ciclovia da Cidade de Deus (onde até viaturas da UPP param na ciclovia) e em tantos outros lugares. Se forem colocados obstáculos de concreto, como os do Rio Cidade, esse problema pode ser aliviado.


Na Rua Cândido Benício, haverá uma ciclovia de um dos lados da calçada, o que me enche de esperanças já que, hoje em dia, é extremamente perigoso vir da Praça Seca para o Tanque de bicicleta, no meio do trânsito, sem acostamento e praticamente sem calçada.

O acréscimo seria de aproximadamente 2,5 m de ciclovia, aumentando o atingimento das áreas já previstas para desapropriação [4.2.1.3]  
Na Vicente de Carvalho, haverá ciclovia compartilhada com pedestres.
Neste trecho a ciclovia seria compartilhada em função da impossibilidade de alargamento da calçada(...) Seguindo pela Avenida Vicente de Carvalho, na altura da Praça Aquidauana, a ciclovia passaria a se desenvolver no lado de numeração par, aproveitando a possibilidade de alargamento da calçada e de algumas desapropriações que seriam mantidas conforme projeto original. Vale ressaltar que a incorporação da ciclovia acarretaria alguns atingimentos que poderiam ser minimizados a partir do compartilhamento da ciclovia ou da redução de sua seção para 2,0 m, ao menos neste trecho, para evitar mais desapropriação. [4.2.1.7]
Agora, é cobrar pela construção e manutenção das ciclovias, e torcer para que não se tornem estacionamento irregular.



quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Biblioteca Regional de Jacarepaguá pede socorro!

Clique aqui para ver em tamanho completo
A biblioteca Regional de Jacarepaguá tem uma história possivelmente conhecida por todas as pessoas preocupadas com a cultura. Tem, atualmente, um departamento de livros em braile, com equipamentos apropriados para cegos; também, organiza eventos comunitários, como exposições de artes plásticas, fotografias, palestras sobre temas variados, ciranda de poesias para diversas faixas etárias, música e outros programas culturais.

612 Del Castilho x Gardênia Azul via Anil



Vamos cobrar das autoridades a presença dessa linha nas ruas. Está aí, em Diário Oficial, a autorização da linha e a empresa Redentor não a coloca... Outra linha que também está sendo "seqüestrada" pelo Grupo Redentor é a 733.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Cestas de Lixo invisíveis




Localizadas no novo passeio que liga a Estrada de Jacarepaguá à Rua General José Eulálio, no Anil, Rio de Janeiro.

domingo, 31 de março de 2013

BRT Transoeste - Problemas

Ontem, andei por um bom trecho do BRT, do terminal Alvorada até a estação Mato Alto e pude comprovar alguns problemas de manutenção, com menos de um ano de uso, adicionados aos fatos do asfalto cedendo, alagamentos, interdição do túnel e superlotação, já noticiados pela imprensa (aqui, aqui e aqui), além dos acidentes, tanto de pedestres, quanto com motoristas.

Era sábado de manhã. Já estava esperando a resposta, mas resolvi perguntar se havia banheiro no terminal da Alvorada. O banheiro estava em obras e o funcionário do "Posso ajudar?" me orientou a ir num banheiro químico dos funcionários da obra, que, infelizmente, estava trancado com cadeado. Fui noticiado que nenhuma estação tinha banheiro, o que é de se esperar do transporte rodoviário, mas não com a proposta de ser moderno e confortável. Lamentavelmente, sequer o metrô possui banheiros, exceto por algumas estações.


Apesar de ser sábado, fiquei em pé no BRT Expresso. Ao contrário do que diz a propaganda, não achei nenhuma informação sobre regularidade dos BRTs. Fui às cegas rumo a estação CTEx, sem saber se o expresso servia ou não. No interior do articulado, não havia uma guia de estações, como no metrô e a voz que informava a próxima parada estava péssima, era difícil desvendar qual seria a próxima estação, mesmo com nomes familiares, como Salvador Allende e Recreio Shopping. O detalhe é que havia uma televisão com programação inútil...

Não espere algo desse tipo no interior do BRT
Percebi, então, que o BRT Expresso não pára na estação CTEx, o que não foi um grande problema, na verdade, pois a estação Mato Alto era perto dali e é do sistema expresso. Desembarquei lá, após uma grande freada e curva, possivelmente devido a algum buraco próximo à parada, e, na estação sim, havia um mapa com as outras estações. Retornei 2 estações com o serviço parador, o qual estava com a voz funcionando bem melhor. Ninguém da estação sabia informar sobre a linha alimentadora para a restinga da Marambaia, então peguei um ônibus convencional, mas, no caminho, percebi que a linha alimentadora de fato existe (número 874A) e estava funcionando, apesar de só ter visto uma ao longo de todo o caminho, provavelmente a única em circulação. Ainda por cima, li que a linha, de 1 em 1 hora sobe a serra da Grota Funda, o que é uma piada, já que um serviço de 1 em 1 hora não adianta nada para o morador da serra e só atrasa quem quer ir para outras estações (pode ser que tenha entendido errado e que ele pare perto da estação Ilha de Guaratiba antes de subir a serra, o que é mais lógico. Mas, como a parada é na estação Pontal, dá a entender que a integração seria lá; não consegui informações sobre essa linha alimentadora) .

Linha Alimentadora do BRT
Na volta, percebi que a porta da estação Ilha de Guaratiba estava rachada e emperrada, ou seja, era possível sair da estação e ir para o meio da pista e vice versa. Peguei a linha parador e uma das portas do veículo estava demorando a abrir. Por uns três cruzamentos, o BRT pegou sinal fechado, o que pode ter sido apenas uma infeliz coincidência ou ser falta de planejamento mesmo, apesar de ser dito que os sinais são sincronizados. Aliás, o motorista estava dando aquela famosa "ameaçada" quando o sinal do cruzamento estava para abrir, o que pode ajudar a entender, apesar de não justificar, alguns acidentes (infelizmente, nessa cidade, deve ser adotada a direção defensiva, ou seja, prever que haverá desrespeito de outros motoristas).

O sistema parador me pareceu vantajoso apenas na situação de engarrafamentos, pois vi ônibus convencionais ultrapassando. Deve ser dito que o expresso, ao contrário, estava até mais rápido que os automóveis em alguns trechos, parecendo ser, sim, uma opção real. Uma crítica ao sistema parador, além do azar com os sinais, foi a quantidade de estações próximas, umas das outras, na altura do Recreio. Era como se eu estivesse num sistema convencional, que parasse em todos os pontos.

Concluindo, além das notícias do asfalto cedendo, pude comprovar que o sistema, apesar de novo, já tem problemas de manutenção em carros e estações, ainda peca na orientação ao passageiro e parece não estar com uma freqüência adequada para a demanda, ainda mais quando acabarem com algumas linhas que vão de Jacarepaguá até o Recreio para torná-las alimentadoras, o que deve inserir ainda mais demanda no atual contra fluxo. Provavelmente, quando estas linhas tornarem-se alimentadoras, teremos lotação em ambos os sentidos no horário de pico.

domingo, 10 de março de 2013

Ciclovia Jacarepaguá-Barra - Condições em 10/3

Continuando o post sobre a Ciclovia Jacarepaguá-Barra, fiz novamente uma inspeção ao longo da ciclovia, para compartilhar com os usuários como anda a ciclovia com a obra da Transcarioca.

Sinalização a que me referi no post anterior... Faz falta
O trecho próximo à Avenida Embaixador Abelardo Bueno continua péssimo, mas eu prossegui dessa vez, para ver as condições na Barra propriamente dita. Para atravessar a Abelardo Bueno, é preciso ter cuidado, trafegue junto aos carros no canto no sentido Barra, já no sentido Jacarepaguá, não sei muito bem o que fazer, pois essa opção seria na contra mão, eu realmente não vi outra solução senão sair correndo no intervalo de um sinal pro outro e esperar infinitamente na contra mão por uma brecha no canteiro para completar a travessia.


Trecho na altura da Abelardo Bueno, no sentido Jacarepaguá. Detalhe  que ainda tinha um caminhão pra piorar as coisas
Passando dali, há um trecho em bom estado, acredito que tenha sido iniciativa do condomínio ou centro empresarial bem ali da esquina, que pegou um bom pedaço da calçada para si. Seguindo em direção ao Via Parque, está como antigamente, alguns buracos, mas nada preocupante. Atravessando no sinal na altura do Etna (para pegar a ciclovia, que continua na pista central), tenha cuidado com os avanços de sinal. Ali o sinal demora muito e de bônus é pouco respeitado. Não concordo com esse desenho, por mim, poderia continuar até o Barra D'Or e aí sim, atravessar. No desenho real, é preciso atravessar esse sinal "esquecido" e ainda esperar o mesmo sinal abrir para que feche o sinal do retorno e o ciclista seguir em frente. Este pedaço está muito ruim e sem sinalização, na volta, cheguei a passar direto do sinal e pedalei em areia fofa. Até o hospital Lourenço Jorge, a ciclovia segue contínua, apesar de terem arrebentado boa parte, fizeram remendos e dá para prosseguir. 



Cuidado com os postes no meio do caminho


Depois do Makro, há alguns buracos preocupantes...


Chegando próximo ao Lourenço Jorge, o pedaço que considero crítico. Chega a um ponto sem saída que dá num contâiner da obra e um banheiro químico, depois percebi que tinha uma saída para a rua (para a contra mão) mais atrás.

That was the end of the line
Saída à esquerda, pela pista do BRT e, depois, pela contramão da Avenida Ayrton Senna, pra esperar no sinal quase no meio da rua

Lama pura na primeira travessia.

Calma, também não é o fim da linha. Tem "caminho" do lado desse tapume
Ao lado da churrascaria Pampa Grill, há muita lama e pouco espaço (ainda mais que é espaço para ciclista, pedestre e funcionários da obra), siga com cuidado, principalmente no fim da faixa, que tem um monte de terra e pode escorregar.





No trecho da Vila do Pan até a Gardênia, recomendo ir paralelo à rua do Sesc, para evitar aquela manobra perigosa que comentei no post anterior e o ponto de ônibus. Apesar de andar um pouco a mais, compensa bastante e é bem menos perigoso.

Vista panorâmica bem legal indo pela ciclovia do Sesc, detalhe pra Igreja da Penna à esquerda

Aí, tá lisinha
Fim de volta. Bicicleta offroad elameada.