quarta-feira, 17 de julho de 2013

Quebra-molas infinitos



Esta obra, localizada em frente ao prédio de Letras da UFRJ, na Cidade Universitária (Avenida Horácio Macedo), vem se arrastando por mais de um ano, com várias seqüências de construção e destrução do quebra-mola. O problema começou após a imposição da Prefeitura do Rio (o link é de Maio de 2012, ou seja, as obras começaram um pouco depois disso) para que a Ponte do Saber (ponte construída para aliviar o trânsito para acessar a Linha Vermelha sentido centro, sem ter que passar pelo sentido Ilha, financiada pela Petrobras para compensar o aumento da população com o Cenpes 2) para fosse aberta em todos os horários, e não apenas no horário de saída do campus, como estava sendo adotado pela prefeitura do Campus.

E, como era de se esperar, a medida impositiva passou por cima da segurança e conforto do usuário do campus e logo começaram a se formar engarrafamentos pela manhã e avanços de sinal ao longo do dia, com motoristas usando as vias da Cidade Universitária como se fossem a própria linha vermelha. Só então, começaram a construir pardais de velocidade e esses famigerados quebra-molas.

Foram feitos queba-molas por todo o campus. Além da Faculdade de Letras, a Reitoria e o Horto Universitário receberam seus quebra-molas, esse último, sem muito transtorno. O da Reitoria, que não fica na rota da Ponte do Saber, foi feito exatamente no ponto de ônibus e acabou criando uma confusão para o passageiro e, tal qual o de Letras, após ser construído, destruído, reconstruído e deixado ao acaso, para tornar a ser "restaurado", lamentavelmente (quando achávamos que íamos nos livrar dessa novela), numa brincadeira que já está levando mais de um ano.

A construção desses quebra-molas atrapalha o trânsito, a travessia dos pedestres e, naturalmente, está consumindo dinheiro público valioso. É absolutamente revoltante que uma obra tão banal quanto um quebra-mola leve tanto tempo para ser construído e traga tantos problemas. Além disso, o trânsito de "fuga" da Linha Vermelha trouxe avanços de sinal que poderiam ser resolvidos com pardais para avanço de sinal, em vez desses quebra-molas de ultra-engenharia. Fora os problemas com os avanços de sinal, a população "estrangeira" traz mais barulho para dentro do campus,

Não entendo, portanto, o porquê desses quebra-molas faraônicos que, quando funcionavam (e sabe-se lá porque foram desfeitos), atrapalhavam a travessia do pedestre (que podia atravessar tranqüilamente na faixa quando o sinal era ativado pelo botão de travessia e agora tem que esperar vários minutos para caminhar entre prédios vizinhos do campus) e continuam sendo feitos e refeitos, dessa vez, mudando traçado da ciclovia e criando um degrau no meio da mesma, acabando com a acessibilidade de cadeirantes e do carrinho da Furnas, torcemos para que refaçam a borda da ciclovia, mas é mais um gasto pra contabilidade do nosso bolso. Lamentável.

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