segunda-feira, 22 de abril de 2013

Ciclovias ao longo da Transcarioca

Acabo de ler o documento RAS da Transcarioca (etapa 1), de 2010, e, na seção 4.2, há algumas informações sobre as futuras ciclovias, instaladas com a reforma das calçadas. O documento pode ser encontrado aqui: http://www.inea.rj.gov.br/fma/download_rima.asp , pesquise por "RAS DA TRANSCARIOCA ETAPA 1".

No corredor Transoeste, não foram construídas ciclovias ao longo do eixo Alvorada - Pontal, mas, parece que foram construídos uns trechos descontínuos na parte que vai de Ilha de Guaratiba à estação Mato Alto. Esperamos que a Transcarioca conte com uma malha mais coesa já que, infelizmente, ainda há muita falta de educação de motoristas com ciclistas e de ciclistas com pedestres, respectivamente, no asfalto e nas calçadas, restando a criação de ciclovias para haver uma melhor convivência (e, como pode ser visto em áreas com ciclovia, acabo por ser um incentivo à prática de esportes ao ar livre, valorizando a qualidade de vida).

Comecemos pela atual ciclovia Jacarepaguá-Barra, que passa exatamente no meio do corredor Transcarioca, restando a expectativa para onde será transferida.


uma vez que o projeto básico original do Corredor apresenta largura compatível com possíveis acréscimos de faixas para ciclovia. [Seção 4.2.1.1] 
Não deixa claro, portanto, a transferência da ciclovia para uma das calçadas da Avenida Ayrton Senna, ou se será paralela ao BRT, esta última seria uma alternativa ruim para os ciclistas, já que ficaria arriscado a acidentes entre os carros à direita e os BRTs à esquerda. Já transferindo para as calçadas, ficaria sujeito à perda de velocidade com tráfego de pedestres (ciclovia compartilhada), acessos a ruas transversais por veículos e pontos de ônibus convencionais.

O trecho da Avenida Embaixador Abelardo Bueno que, atualmente não possui ciclovia, pode ser que ganhe uma, mas, aparentemente, nas mesmas condições que a Ayrton Senna, assim como a Estrada dos Bandeirantes.

Na Estrada dos Bandeirantes, (...) as calçadas teriam em torno de 5 m e estariam previstas ciclovias de aproximadamente 2,5 m. [Seção 4.2.1.2]
 Essa situação é melhor que a ciclovia compartilhada, mas precisa contar com a colaboração do pedestre, em se manter fora da ciclovia e da sinalização, para deixar claro a área do pedestre e a área do ciclista, como não aconteceu no trecho restaurado da Ciclovia Jacarepaguá-Barra (relatado aqui e aqui). E, claro, certificar-se de que não haverá carros estacionados na calçada (e, por conseqüência, na ciclovia) como acontece na ciclovia da Cidade de Deus (onde até viaturas da UPP param na ciclovia) e em tantos outros lugares. Se forem colocados obstáculos de concreto, como os do Rio Cidade, esse problema pode ser aliviado.


Na Rua Cândido Benício, haverá uma ciclovia de um dos lados da calçada, o que me enche de esperanças já que, hoje em dia, é extremamente perigoso vir da Praça Seca para o Tanque de bicicleta, no meio do trânsito, sem acostamento e praticamente sem calçada.

O acréscimo seria de aproximadamente 2,5 m de ciclovia, aumentando o atingimento das áreas já previstas para desapropriação [4.2.1.3]  
Na Vicente de Carvalho, haverá ciclovia compartilhada com pedestres.
Neste trecho a ciclovia seria compartilhada em função da impossibilidade de alargamento da calçada(...) Seguindo pela Avenida Vicente de Carvalho, na altura da Praça Aquidauana, a ciclovia passaria a se desenvolver no lado de numeração par, aproveitando a possibilidade de alargamento da calçada e de algumas desapropriações que seriam mantidas conforme projeto original. Vale ressaltar que a incorporação da ciclovia acarretaria alguns atingimentos que poderiam ser minimizados a partir do compartilhamento da ciclovia ou da redução de sua seção para 2,0 m, ao menos neste trecho, para evitar mais desapropriação. [4.2.1.7]
Agora, é cobrar pela construção e manutenção das ciclovias, e torcer para que não se tornem estacionamento irregular.



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